segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Assaltaram a Gramática


Lista dos dez erros comuns. São orientações que podem ajudar no momento “h”:

1) Evite escrever um texto longo demais. Só autores muito especiais podem fazer isso sem cansar o leitor. Textos longos têm tendência de serem monótonos.

2) Cuidado com as repetições de palavras ou de ideias. Leia e releia seus textos para cortar repetições. Corte as redundâncias. Entre as mais comuns: subi para cima, desci para baixo, sai para fora, entre para dentro, o desenlace final da novela, ganhei um brinde grátis.

3) E o gerúndio? Não caia no gerundismo. Na atualidade existe uma guerra contra o gerúndio. Então não exagere. O gerúndio pode ser usado com bom senso. Não é utilizado quando o verbo está no futuro. Se falar, por exemplo: estarei passando a ligação, alguém poderá assinalar: você está errando. O gerúndio denota ações no presente. Mas o gerúndio pode ser usado corretamente quando transmite ideias de movimento, progressão, duração, continuidade. “ Ficou lendo um livro”, “permaneceu um longo tempo olhando pela janela”,
“ pegando o microfone falou calmamente”, etc.

4) Evite infantilizar o texto colocando diminutivos: Joãozinho brincava com um carrinho com seu amiguinho (até crianças detestam essa forma de falar, pior ainda colocar em textos).

5) Cuidado com o advérbio de modo. Seu uso é correto, mas a abundância de “mente” dá a sensação que estica a frase. Monotonamente.

6) Evite gírias, que podem comprometer uma redação. Com exceção de casos em que o discurso dos personagens exige gírias para dar verossimilhança.

7) Suprima também estrangeirismo. Defenda sua língua. A língua portuguesa é riquíssima. Se o personagem lembra seu passado, porque dizer que o autor faz um flash back, se em português existe a palavra recuo, uma das acepções da palavra recuo é: afastamento no espaço e no tempo.

8) O Romantismo teve uma época de ouro. Porém, as frases usadas pelos escritores e poetas românticos foram mal empregadas e se desgastaram. Algumas tornaram-se clichês como: “o fogo da paixão”, “o amor é como o fogo”, “meu coração sofreu”, “cabelo da cor do trigo”etc.

9) Não exagere. É verdade que às vezes sentimos raiva, e até desejos de dar um soco no nariz de alguém que despreza nossa novela preferida ou que elogia um livro que odiamos. Mas, no momento de escrever temos que tentar... ao menos tentar, argumentar de maneira clara e equilibrada. Nem sempre é possível, eu sei...

10) Uma regra de ouro: Não copie o texto de seu companheiro, talvez ele seja pior escritor do que você.

A Indisciplina na sala de aula

Sheila Cristina de Almeida e Silva Machado
Graduada em Pedagogia; Especializada em Orientação Educacional; Pós-Graduada em Psicopedagogia; Atua como Orientadora Educacional no Colégio Poliedro de São José dos Campos – SP.

Primeiro dia de aula. Turma pouco afeita ao estudo. Na sala de aula todos os alunos estão de pé, circulando despreocupadamente, sem qualquer tipo de compromisso com o trabalho que está apenas começando.
Querem falar de outros assuntos, mais próprios e interessantes em sua opinião para pessoas que, como eles, estão em idade para freqüentar o Ensino Médio. O professor, mal consegue se apresentar, pois é interrompido entre várias “brincadeiras” promovidas pelos alunos para interromper o trabalho que está sendo desenvolvido.
Trata-se, entretanto de um recorte feito a partir do filme “O Preço do Desafio” (Stand and Deliver), do diretor Ramon Menendez, produzido pela Warner Bros em 1988 a partir da história real de Jaime Escalante, um professor de matemática.
Quando nos referimos a Instituição Escolar, não podemos deixar de enfocar essa questão que suscita muitas dúvidas a educadores, diretores, pais e até mesmo a alunos: a indisciplina.


- O que é uma classe indisciplinada?

- O que o professor pode fazer para ter controle perante situações de indisciplina?

No ambiente escolar em que trabalho, as principais queixas dos professores relativamente à indisciplina são:

falta de limite dos alunos,
bagunça,
tumulto,
mau comportamento,
desinteresse,
desrespeito às figuras de autoridade da escola e também ao patrimônio;
falta de imposição de limites por seus familiares;

o fracasso escolar seria então o resultado de problemas que estão fora da escola e que se manifestam dentro dela pela indisciplina; de acordo com os professores, nada pode ser feito enquanto a sociedade não se modificar.

Condutas como essas são também observadas em outras instituições particulares e em escolas públicas. Podemos afirmar que no mundo atual a maioria das escolas enfrenta estas questões, que perduram há anos, sofrendo obviamente alterações históricas de acordo com as contingências sócio-culturais.

Atualmente a indisciplina tornou-se um “obstáculo” ao trabalho pedagógico e os professores ficam desgastados, tentam várias alternativas, e já não sabendo o que fazer, chegam mesmo em algumas oportunidades a pedir ao aluno indisciplinado que se retire da sala já que ele atrapalha o rendimento do restante do grupo. Nesses casos, os alunos são encaminhados ao Serviço de Orientação Educacional. Muitas vezes há pressões por parte dos professores para que sejam aplicadas punições severas a esses estudantes.


- Como agir nessa situação? De que forma ajudar?

O que é uma Classe Indisciplinada?

Para iniciarmos uma reflexão sobre essas questões, vamos destacar o que significa a palavra indisciplina a partir de algumas definições quanto ao termo.
Indisciplina – procedimento, ato ou dito contrário à disciplina; desobediência, desordem, rebelião. (Dicionário Aurélio).

De acordo com o sociólogo francês François Dubet (1997), “a disciplina é conquistada todos os dias, é preciso sempre lembrar as regras do jogo, cada vez é preciso reinteressá-los, cada vez é preciso ameaçar, cada vez é preciso recompensar”.

Isso nos coloca diante de um antônimo de indisciplina, nos lembrando que o respeito às regras dentro de uma instituição é de fundamental importância para o seu funcionamento pleno e que, conseqüentemente, a indisciplina representa a ameaça pela desobediência às regras estabelecidas. Por isso Dubet ressalta a necessidade dos professores relembrarem as regras e estimularem o seu cumprimento no decorrer do ano letivo.
Segundo o professor Júlio Groppa Aquino: ”O conceito de indisciplina, como toda criação cultural, não é estático, uniforme, nem tampouco universal. Ele se relaciona com o conjunto de valores e expectativas que variam ao longo da história, entre as diferentes culturas e numa mesma sociedade.”

Diante dessa idéia de Júlio Groppa, não podemos deixar de lembrar da forma como as escolas até os anos 1960, conseguiam fazer com que seus alunos se comportassem. A disciplina era imposta de forma autoritária, com ameaças e castigos.

Os educandos temiam as punições e esse medo levava a obediência e a subordinação. Além de submetidos a uma rigorosa fiscalização, não podiam se posicionar utilizando-se de questionamentos e reflexões. Os professores eram considerados modelos e, em virtude do conhecimento que possuíam, agiam como donos do saber.

“A educação se torna um ato de depositar, em que os educandos são os depositários e o educador o depositante” (Freire, 1998) por isso passa a ser chamada de “educação bancária”.

Segundo a educadora Rosana Ap. Argento Ribeiro, “a educação bancária é classificada também como domesticadora, porque leva o aluno a memorização dos conteúdos transmitidos, impedindo o desenvolvimento da criatividade e sua participação ativa no processo educativo, tornando-o submisso perante as ações opressoras de uma sociedade excludente. Nela, a obediência e o silêncio dos alunos são aspectos importantes para garantir que os conteúdos sejam transmitidos pelos professores”.

Atualmente, nos primeiros anos do século XXI, estamos vivendo num outro contexto. Influenciados por mudanças políticas, sociais, econômicas e culturais, professores e alunos, e mesmo a própria instituição escolar, assumem um papel diferente na sociedade. Nessa nova realidade a educação bancária já não deveria ser aplicada dentro das escolas.

Acredita-se hoje que os professores devem estar mais preocupados com seu aperfeiçoamento, permitindo que seus alunos questionem, tirem suas dúvidas, se posicionem. Enquanto os alunos, por sua vez, têm mais acesso à informação, se consideram livres para questionar, criar e participar.

Outro aspecto importante quanto à educação no 3° milênio refere-se ao fato de que a instituição escolar deveria estar mais aberta para a participação dos pais e da comunidade em suas atividades e mesmo, nas propostas curriculares.

François Dubet reforça a idéia de que “os professores mais eficientes são, em geral, aqueles que acreditam que os alunos podem progredir, aqueles que têm confiança nos alunos. Os mais eficientes são também os professores que vêem os alunos como eles são e não como eles deveriam ser”.

Quanto às afirmações anteriores percebo em minha realidade que alguns professores se mostram preocupados quanto a sua formação e prática profissional enquanto uma quantidade expressiva ainda demonstra grande resistência à reflexão e ao aperfeiçoamento do seu trabalho por se considerarem experientes e prontos para o exercício do magistério.

No que se refere aos estudantes é possível verificar que há um grande incentivo da família quanto aos estudos e ao mesmo tempo há um maior acesso a recursos que facilitam e promovem o processo de ensino-aprendizagem, como livros, computadores, internet, revistas, jornais, filmes... Essa circunstância realmente os torna mais críticos, questionadores e participativos. Porém, nem todos conseguem utilizar essas ferramentas de forma consciente e produtiva.

Os pais, por sua vez, comparecem a escola para presenciar a apresentação de trabalhos realizados por seus filhos apenas como observadores, sem posicionamentos mais efetivos e críticos. Há, porém baixo índice de comparecimento nas reuniões solicitadas pela escola.

O que o professor pode fazer para ter controle perante situações de indisciplina?

Sabemos que para obter disciplina em qualquer ambiente em que vivemos não podemos deixar de falar de respeito. Segundo Tardeli (2003), o tema respeito está centralizado na moralidade. Isso quer dizer que cada pessoa tem, junto com sua vida intelectual, afetiva, religiosa ou fantasiosa, uma vida moral. 

Sabemos que atualmente o papel do professor dentro da escola é muito mais abrangente, pois ele precisa estar atento às capacidades cognitivas, físicas, afetivas, éticas e para preparação do educando para o exercício de uma cidadania ativa e pensante.

Será que sabemos ouvir nossos alunos?

O diálogo envolve o respeito em saber ouvir e entender nossos alunos, mostrando a eles nossa preocupação com suas opiniões e com suas atitudes e o nosso interesse em poder dar a assistência necessária ao aperfeiçoamento do seu processo de aprendizagem.

É também compromisso do educador se preocupar com a disciplina e a responsabilidade de seus alunos. Para Piaget (1996), “o respeito constitui o sentimento fundamental que possibilita a aquisição das noções morais” .Conseguimos atingir a responsabilidade, desenvolvendo a cooperação, a solidariedade, o comprometimento com o grupo, criando contratos e regras claras e que precisarão ser cumpridas com justiça.

O professor passa a se preocupar com a motivação de seus alunos, tendo maior compromisso com seu projeto pedagógico e as questões afetivas, obtendo dessa forma uma relação verdadeira com seus educandos. Sob uma visão Piagetiana, o professor que na sala de aula dialoga com seu aluno, busca decisões conjuntas por meio da cooperação, para que haja um aprendizado através de contratos, que honra com sua palavra e promove relações de reciprocidade, sendo respeitoso com seus alunos, obtendo dessa forma um melhor aproveitamento escolar.

Segundo Tardeli (2003), “Só se estabelece um encontro significativo quando o mestre incorpora o real sentido de sua função, que é orientar e ensinar o caminho para o conhecimento, amparado pela relação de cooperação e respeito mútuos”.

Como agir nessa situação? De que forma ajudar?

Não podemos deixar de ter como foco em nosso trabalho o SER HUMANO. Precisamos valorizar as pessoas. Uma frase de Walt Disney ilustra bem essa idéia: “Você pode sonhar, criar, desenhar e construir o lugar mais maravilhoso do mundo... Mas é necessário TER PESSOAS para transformar seu sonho em realidade”. Estamos envolvidos com pessoas em nosso dia a dia: alunos, professores, pais, coordenadores, orientadores e diretores e, por isso, precisamos aprender a trabalhar em equipe para obter uma instituição forte, competente e coesa. A qualidade é obtida através do esforço de todos os seus integrantes, onde cada profissional é importante e cada aluno também. A escola é uma organização humana em que as pessoas somam esforços para um propósito educativo comum.

A profissão que busca um caminho pedagógico para orientar.

ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL:
TRANSFORMANDO CONFLITOS EM ESPAÇOS DE APRENDIZAGEM.






O SERVIÇO DE ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL, CIENTE DO SEU PAPEL E EM CONSTANTE BUSCA E APRIMORAMENTO, AGIRÁ CONDUZINDO E INFORMANDO O EDUCANDO SOBRE AS POSSIBILIDADES DE APROVEITAMENTO DAS EXPERIÊNCIAS SIGNIFICATIVAS QUE FAVOREÇAM O  DESENVOLVIMENTO GLOBAL DESSE SER.



DE ACORDO COM AS DIRETRIZES PEDAGÓGICAS DA SEEDF E O REGIMENTO ESCOLAR DAS INSTITUIÇÕES EDUCACIONAIS DA REDE PÚBLICA DE ENSINO DO DISTRITO FEDERAL, ART. 26, SEÇÃO II: DA ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL / 2009 - 2013.

A ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
INTEGRA-SE AO TRABALHO PEDAGÓGICO DA INSTITUIÇÃO EDUCACIONAL E A COMUNIDADE ESCOLAR NA IDENTIFICAÇÃO, NA PREVENÇÃO E NA SUPERAÇÃO DOS CONFLITOS, COLABORANDO PARA O DESENVOLVIMENTO DO ALUNO.

SUA AÇÃO DEFENDE OS PRESSUPOSTOS DO
 RESPEITO À PLURALIDADE, À LIBERDADE DE EXPRESSÃO, À ORIENTAÇÃO, À OPINIÃO, À DEMOCRACIA DA PARTICIPAÇÃO E À VALORIZAÇÃO DO ALUNO COMO SER INTEGRAL.


sábado, 26 de fevereiro de 2011

D I S L E X I A




OBESIDADE INFANTIL







Por que meu filho mente tanto?


PSICÓLOGA DA ELIPSE CLÍNICA MULTIDISCIPLINAR
Beatriz Guimarães Otero
 
A mentira é sempre encarada com muita preocupação por parte dos pais. Por esse motivo, é importante ter em mente que, para uma criança de até 5 anos de idade, mentir é normal. Isso porque a realidade ainda é muito confundida com a fantasia.

A imaginação e a fantasia fazem parte do mundo da criança até os 5 anos, e são base para o pensamento lógico do adulto. Mas, à medida que a criança vai crescendo, essas funções vão dando lugar à noção de realidade, sem que sejam completamente extintas.

A mentira pode ser encarada como intencional a partir dos 7 anos de idade, fase na qual a noção de realidade já está estruturada e a criança sabe diferenciar bem o que é mentira e o que é realidade.

As crianças maiores podem mentir por vários motivos: temer castigos e repreensões, receber alguma recompensa, isentar-se de culpas, fugir de responsabilidades, melhorar a auto-estima, chamar a atenção.

Outro motivo que pode levar a criança a mentir é quando seus pais mentem. Se os pais pedem que a criança minta ao telefone dizendo que não estão em casa, estão ensinando seu filho a mentir. Isso no futuro se transforma no resfriado fictício para escapar da bronca da professora por não ter feito a lição, no automóvel de última geração que na verdade o pai não tem para chamar a atenção dos colegas, etc.

À medida que começam a ampliar sua rede de relacionamento, as crianças são treinadas a contar algumas mentiras para não magoar o outro, inibindo sua espontaneidade.

Uma pergunta muito importante que surge é: e como os pais devem agir diante de tudo isso?

Em primeiro lugar, os pais devem, sempre que perceberem uma mentira, pontuar a diferença entre a fantasia e a realidade. Além disso, a criança tem que saber que quando mente terá a desaprovação de quem a cerca e que, se contar a verdade, será admirada. Em vez de castigar, compete aos pais ensinarem os benefícios da verdade e os prejuízos da mentira. Afinal, as broncas e os castigos gerarão mentiras futuras com a intenção de fugirem disso.

Quando a criança desenvolve um comportamento mentiroso freqüente que se estende muito além dos 7 anos, os pais devem procurar ajuda profissional para compreender por que isso está acontecendo e receber as orientações necessárias. Isso porque após esta idade o emprego freqüente de histórias fantasiosas pode revelar problemas sérios. Afinal, a fantasia neste caso pode não ser mais considerada uma mentira proposital, mas, sim, uma fuga da realidade, como é o caso das psicoses em que a mentira vem em forma de delírios, em razão de uma quebra de contato com a realidade. Ou ela pode surgir também na forma de uma compulsão, como se fosse uma dependência.

Contudo, na maioria das vezes, a “imaginação fértil” das crianças indica um crescimento saudável, mas que exige a atenção de sempre.

Uma Escola sem Barreiras







Várias leis e documentos internacionais estabeleceram os Direitos das pessoas com deficiência no nosso país. Confira alguns deles
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA
Prevê o pleno desenvolvimento dos cidadãos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação; garante o direito à escola para todos; e coloca como princípio para a Educação o “acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um”.

1988
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA
Prevê o pleno desenvolvimento dos cidadãos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação; garante o direito à escola para todos; e coloca como princípio para a Educação o “acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um”.
1989
LEI Nº 7.853/89

Define como crime recusar, suspender, adiar, cancelar ou extinguir a matrícula de um estudante por causa de sua deficiência, em qualquer curso ou nível de ensino, seja ele público ou privado. A pena para o infrator pode variar de um a quatro anos de prisão, mais multa.
1990
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (ECA)

Garante o direito à igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola, sendo o Ensino Fundamental obrigatório e gratuito (também aos que não tiveram acesso na idade própria); o respeito dos educadores; e atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular. 
1994
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA
O texto, que não tem efeito de lei, diz que também devem receber atendimento especializado crianças excluídas da escola por motivos como trabalho infantil e abuso sexual. As que têm deficiências graves devem ser atendidas no mesmo ambiente de ensino que todas as demais.
1996
LEI E DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL (LBD)
A redação do parágrafo 2o do artigo 59 provocou confusão, dando a entender que, dependendo da deficiência, a criança só podia ser atendida em escola especial. Na verdade, o texto diz que o atendimento especializado pode ocorrer em classes ou em escolas especiais, quando não for possível oferecê-lo na escola comum.
2000
LEIS Nº10.048 E Nº 10.098

A primeira garante atendimento prioritário de pessoas com deficiência nos locais públicos. A segunda estabelece normas sobre acessibilidade física e define como barreira obstáculos nas vias e no interior dos edifícios, nos meios de transporte e tudo o que dificulte a expressão ou o recebimento de mensagens por intermédio dos meios de comunicação, sejam ou não de massa.
2001
DECRETO Nº3.956 (CONVENÇÃO DA GUATEMALA)
Põe fim às interpretações confusas da LDB, deixando clara a impossibilidade de tratamento desigual com base na deficiência. O acesso ao Ensino Fundamental é, portanto, um direito humano e privar pessoas em idade escolar dele, mantendo-as unicamente em escolas ou classes especiais, fere a convenção e a Constituição

A experiência de Matheus, um aluno autista, na escola

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

 
FORAM USADAS AS CORES DE MUITOS CONTINENTES
PARA PINTAR O BRASILEIRO:

AS CORES DA ÁFRICA;
AS CORES DA EUROPA;
AS CORES DAS AMÉRICAS;
AS CORES DA ÁSIA;

A COMBINAÇÃO ENTRE ELAS GEROU INFINITAS IDENTIDADES,
CULTURAS E SOTAQUES DENTRO DE UM ÚNICO PAÍS: O BRASIL.

MAS, SE A NOSSA DIVERSIDADE É UMA RIQUEZA,
POR QUE AINDA SOMOS DESIGUAIS NAS OPORTUNIDADES?

SE A NOSSA DIVERSIDADE DEVE SER CELEBRADA,
POR QUE CRIANÇAS QUE NASCEM DIFERENTES
NÃO TEM DIREITOS IGUAIS?

VEJA E RESPONDA:

QUAL SORRISO É MAIS BONITO?

QUAL OLHAR É MAIS DIGNO?

QUAL AMOR É MELHOR?

QUAL VIDA É MELHOR?

ALGUMA VIDA VALE MENOS?


O DIREITO A SOBREVIVER É GARANTIDO
A TODAS AS CRIANÇAS,

MAS UMA CRIANÇA INDÍGENA
TEM DUAS VEZES MAIS CHANCE DE MORRER
DO QUE UMA CRIANÇA BRANCA.

A DESIGUALDADE TAMBÉM ATINGE AS CRIANÇAS NEGRAS.
ELAS TEM 25% MAIS CHANCES DE MORRER
ANTES DE COMPLETAR 1 ANO DE IDADE
DO QUE AS CRIANÇAS BRANCAS.

O DIREITO À PROTEÇÃO NÃO TEM ETNIA,
MAS A POBREZA NA INFÂNCIA TEM COR.
ATINGE 32,9% DAS CRIANÇAS BRANCAS
E 56% DAS CRIANÇAS NEGRAS.

POR QUE?

O DIREITO A APRENDER TAMBÉM NÃO TEM COR,
MAS UMA CRIANÇA INDÍGENA TEM QUASE TRÊS VEZES
MAIS CHANCE DE ESTAR FORA DA ESCOLA
DO QUE UMA CRIANÇA BRANCA.

DAS 530 MIL CRIANÇAS QUE HOJE ESTÃO FORA DA ESCOLA
62% DELAS SÃO NEGRAS.
MESMO SENDO MAIS DE 54% DO TOTAL DE CRIANÇAS DO PAÍS,
CRIANÇAS NEGRAS E INDÍGENAS SÃO AS MAIS EXCLUÍDAS.

ESSES NÚMEROS SE REFLETEM NA VIDA COTIDIANA
DE CADA CRIANÇA E ADOLESCENTE
SEJAM ELAS NEGRAS, BRANCAS OU INDÍGENAS
QUE AO VIVENCIAR ESTA REALIDADE DE DESIGUALDADE,
TÊM A ILUSÃO DE QUE NEGROS, BRANCOS E INDÍGENAS
DEVEM OCUPAR LUGARES DIFERENTES NA SOCIEDADE.

NA ESCOLA , PELA TV, NAS RUAS,
NOS LIVROS E HISTÓRIAS INFANTIS,
CRIANÇAS DE TODAS AS CORES
SE DESENVOLVEM COM IMAGENS RETORCIDAS
DE PAPÉIS SOCIAIS SEGUNDO A COR DA PELE.

A MISSÃO DA UNICEF
É COLABORAR COM OS GOVERNOS DOS PAÍSES
PARA QUE ASSEGUREM DIREITOS IGUAIS PARA CADA CRIANÇA
E PARA CADA ADOLESCENTE.

O BRASIL CONQUISTOU AVANÇOS
SIGNIFICATIVOS NA VIDA DE SUAS CRIANÇAS,
MAS OS IMPACTOS DO RACISMO
AINDA TÊM EFEITOS DANOSOS SOBRE ELAS.

CRIANÇAS NÃO NASCERAM DISCRIMINANDO.

PROMOVER A EQUIDADE RACIAL
É DE EXTREMA IMPORTÂNCIA
PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIAL
E ECONÔMICO DO PAÍS.

CADA UM DE NÓS PODE GARANTIR UM PAÍS MAIS IGUAL
E SEM DISCRIMINAÇÃO PARA ELAS.

VALORIZAR AS DIFERENÇAS NA INFÂNCIA
É CULTIVAR IGUALDADES.


UMA CAMAPANHA DA UNICEF CONTRA O RACISMO.

NO NORDESTE, SE FALA ASSIM...

 
Há diferenciação
Porque cada região
Tem seu jeito de falar
O Nordeste é excelenteTem um jeito diferenteQue a outro não se iguala
Alguém chato é Abusado
Se quebrou, Tá Enguiçado
É assim que a gente fala
Uma ferida é Pereba
Homem alto é Galalau
Ou então é Varapau
Coisa inferior é Peba
Cisco no olho é Argueiro
O sovina é Pirangueiro
     Enguiçar é Dar o Prego
Fofoca aqui é Fuxico
Desistir, Pedir Penico
Lugar longe é Caixa Prego
Ladainha é Lengalenga
E um estouro é Pipoco
Botão de rádio é Pitoco
E confusão é Arenga
Fantasma é Alma Penada
Uma conversa fiada
Por aqui é Leriado
Palavrão é Nome Feio
Agonia é Aperreio
E metido é Amostrado
O nosso palavreado
Não se pode ignorar
Pois ele é peculiar
É bonito, é Arretado
E é nosso dialeto
Sendo assim, está correto
Dizer que esperma é Gala
É feio pra muita gente
Mas não é incoerente
É assim que a gente fala
Você pode estranhar
Mas ele não tem defeito
Aqui bombom é Confeito
Rir de alguém é Mangar
Mexer em algo é Bulir
Paquerar é Se Enxerir
E correr é Dar Carreira
Qualquer coisa torta é Troncha
Marca de pancada é Roncha
E a caxumba é Papeira
Longe é o Fim do Mundo
E garganta aqui é Goela
Veja que a língua é bela
E nessa língua eu vou fundo
Tentar muito é Pelejar
Apertar é Acochar
Homem rico é Estribado
Se for muito parecido
Diz-se Cagado e Cuspido
E uma fofoca é Babado
Desconfiado é Cabreiro
Travessura é Presepada
Uma cuspida é Goipada
Frente da casa é Terreiro
Dar volta é Arrudiar
Confessar, Desembuchar
Quem trai alguém, Apunhala
Distraído é Aluado
Quem está mal, Tá Lascado
É assim que a gente fala
 
 Aqui, valer é Vogar
E quem não paga é Xexeiro
Quem dá furo é Fuleiro
E parir é Descansar
    Um rastro é Pisunhada
A buchuda é Amojada
 O pão-duro é Amarrado
Verme no bucho é Lombriga
Com raiva Tá Com a Bixiga
E com medo é Acuado
Tocar de leve é Triscar
O último é Derradeiro
E para trocar dinheiro
Nós falamos Destrocar
Tudo que é bom é Massa
O Policial é Praça
Pessoa esperta é Danada
  Vitamina dá Sustança
A barriga aqui é Pança
E porrada é Cipoada
Alguém sortudo é Cagado
Capotagem é Cangapé
O mendigo é Esmolé
Quem tem pressa é Avexado
Sandália é Alpercata
A correia, Arriata
Sem ter filho é Gala Rala
O cascudo é Cocorote
E o folgado é Folote
É assim que a gente fala
Perdeu a cor é Bufento
Se alguém dá liberdade
Pra entrar na intimidade
Dizemos Dar Cabimento
Varrer aqui é Barrer
Se a calcinha aparecer
Mostra a Polpa da Bunda
Mulher feia é Canhão
Neco é pra negação
Nas costas, é na Cacunda
Palhaçada é Marmota
Tá doido é Tá Variando
Mas a gente conversando
Fala assim e nem nota
Cabra chato é Cabuloso
Insistente é Pegajoso
Remédio aqui é Meisinha
Chateado é Emburrado
E quando tá Invocado
Dizemos Tá Com a Murrinha
Não concordo, é Pois Sim
Estou às ordens, Pois Não
Beco do lado é Oitão
A corrente é Trancilim
Ou Volta, sem o pingente
Uma surpresa é, Oxente!
Quem abre o olho Arregala
Vou Chegando, é pra sair
Torcer o pé, Desmintir
É assim que a gente fala
A cachaça é Meropéia
Tá triste é Acabrunhado
O bobo é Apombalhado
Sem qualidade é Borréia
A árvore é Pé de Pau
Caprichar é Dar o Grau
Mercado é Venda ou Bodega
Quem olha tá Espiando
Ou então, Tá Curiando
E quem namora Chumbrega
Coceira na pele é Xanha
E molho de carne é Graxa
Uma pelada é um Racha
Onde se perde ou se ganha
Defecar se chama Obrar
Ou simplesmente Cagar
Sem juízo é Abilolado
Ou tem o Miolo Mole
Sanfona também é Fole
E com raiva é Infezado
Estilingue é Balieira
Prostituta se diz Quenga
Cabra medroso é Molenga
O baba-ovo é Chaleira
Opinar é Dar Pitaco
Axila é Suvaco
Se o cabra for mau, é Mala
Atrás da nuca é Cangote
Adolescente é Frangote
É assim que a gente fala
Lugar longe aqui é Brenha
Conversa besta, Arisia
Venha, ande, é Avia
Fofoca é também Resenha
O dado aqui é Bozó
Um grande amor é Xodó
Demorar muito é Custar
De pernas tortas é Zambeta
Morre, Bate a Caçuleta
Ficar cheirando é Fungar
A clavícula aqui é Pá
Um mal-estar é Gastura
Um vento bom é Frescura
Ali, se diz, Acolá
Um sujeito inteligente
Muito feio ou valente
É o Cão Chupando Manga
Um companheiro é Pareia
Depende é Aí Vareia
Tic nervoso é Munganga
Colar prova é Filar
Brigar é Sair no Braço
Lombo se diz Espinhaço
Matar aula é Gazear
Quem fala alto ou grita
Pra gente aqui é Gasguita
Quem faz pacote, Embala
Enrugado é Ingilhado
Com dor no corpo, Engembrado
É assim que a gente fala
O afago é Alisado
Um monte de gente é Ruma
Quer saber como, diz Cuma
E bicho gordo é Cevado
A calça curta é Coronha
Sujeito leso é pamonha
Manha aqui é Pantim
Coisa velha é Cacareco
O copo aqui é Caneco
E coisa pouca é Tiquim
Mulher desqualificada
Chamamos de Lambisgóia
Tudo que sobra é de Bóia
E muita gente é Cambada
O nariz aqui é Venta
A polenta é Quarenta
Mandar correr é Acunha
Azar se chama Quizila
A bola de gude é Bila
Sofrer de amor, Roer Unha
Aprendi desde pivete
Que homem franzino é Xôxo
O cara medroso é Frouxo
E comprimido é Cachete
Olho sujo tem Remela
Quem não tem dente é Banguela
Quem fala muito e não cala
Aqui se chama Matraca
Cheiro de suor, Inhaca
É assim que a gente fala
Pra dizer ponto final
A gente só diz: E Priu
Pra chamar é Dando Siu
Sem falar, Fica de Mal
Separar é Apartá
Desviar é Ataiá
E pra desmentir é Nego
Se estiver desnorteado
Aqui se diz Ariado
E complicado é Nó Cego
Coisa fácil é Fichinha
Dose de cana é Lapada
Empurrar é Dar Peitada
E o banheiro é Casinha
Tudo pequeno é Cotoco
Vigi! Quer dizer, por pouco
Desde o tempo da senzala
Nessa terra nordestina
Seu menino, essa menina,
É assim que a gente fala.”
 

Marcelo V. BARROSJoão Pessoa/PB, Brasil